quarta-feira, setembro 26, 2007

DE JOELHOS ESFOLADOS

A caminho de Fátima ou dentro da Fátima. De uma ou de outra maneira, já todos nós esfolámos os joelhos. Certamente já tentaram explicar à vossa companheira, à vossa namorada, à vossa parceira, à vossa esposa, à vossa camarada, sei lá mais o quê de categorias referenciais para dizer a mulher que vocês acham que é vossa, a razão de aparecerem em casa de joelhos esfolados. Na verdade, a piada está precisamente em que, depois de constatar que também ela tem os joelhos esfolados, acabam por chegar à conclusão que, ultimamente, andam os dois a rezar muito. OK, tudo bem. Nem tudo tem de passar pela promiscuidade. Quando éramos jovens e tinhamos a pica toda e achávamos que íamos ser felizes para sempre mesmo que o mundo acabasse amanhã, quando íamos encontrando a mulher ideal de cada vez que mudávamos de rua, quando descobríamos timidamente o verdadeiro conceito e a verdadeira força do fornicanço, estávamos dispostos a tudo, até mesmo a esfolar os joelhos. E se querem que vos diga, era bom. Era MESMO bom. Eu até acho que se deveria reformular essa coisa de "objectivo de vida". A escrever um livro, plantar uma árvore e conceber um filho, eu acrescento: e esfolar os joelhos. Pelo menos, uma vez na vida. Vá lá, não sejam casmurros. Esfolem-se e tenham nisso imenso prazer.

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