terça-feira, março 22, 2005

POESIA: Ao rosto vulgar dos dias

Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.
Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.
Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.
*
Ao rosto vulgar dos dias,
A vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.
*
Imaginar, primeiro, é ver.
Imaginar é conhecer, portanto agir.




Alexandre O´Neill
Poesias Completas
1951/1981

1 comentário:

Anónimo disse...

Ricardo:

Hoje digo-te só que tens aqui um excelente blog. Já te linkei. Conta comigo mais vezes, portanto.

Beijinho :)

Sandra
(http://www.void.weblog.com.pt)